domingo, 28 de agosto de 2011

[0094] Matar quatro coelhos de uma cajadada com um Diploma Legislativo

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A história do escudo de armas português em bronze não acabou. Há ainda muito para contar sobre ele, mas neste domingo a administração do PRAIA DE BOTE está com excesso de trabalho e não pode prosseguir as necessárias pesquisas. Ficará para daqui a dias. No entanto, não quisemos deixar os fiéis leitores do PB sem nada para fazer, isto é, sem nada para ler. Vai daí, fomos vasculhar o nosso bem recheado arquivo de coisas de São Vicente e lá descobrimos um belo petisco para avivar memórias. E que petisco...

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Matar quatro coelhos de uma cajadada é de facto obra. Deitar abaixo um pardieiro, construir nele uma estação de correios, desimpedir instalações de um liceu para melhorar o seu desempenho e ainda por cima dar-se trabalho a gente sem ele, só pode mesmo considerar-se coisa meritória. Pois então, aqui fica a notícia de 4.Agosto.1933 do DN de NB, onde se fala do prédio em ruínas na Rua Infante D. Henrique (mais conhecida como Rua do Telégrafo, hoje de 5 de Julho) expropriado aos herdeiros de George Rendall para ali se construir a nova estação de correio que na altura estava integrada no nosso Liceu Gil Eanes. E com isto se dava trabalho a gente que tanto precisava dele. Uma maravilha!... Lembramos que hoje os correios do Mindelo se situam junto à Praça Nova, não muito longe do anterior local, agora delegação dos TACV.


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EM BREVE:
De como em 1944 em S. Vicente se abria uma lata de atum "da melhor qualidade" e lá dentro estavam cavalas!!! Oi nha mãe, tonte patife nesse munde...

A SEGUIR AO EM BREVE:
Iremos até 1969 ver Bana actuar nos Estados Unidos da América. Tchéu de morninha sweet...

2 comentários:

  1. Os mnines gileanistas congratulam-se todos com estas relíquias tiradas do baú pelo querido colega gileanista Djack. Coisas que a maior parte desconhecia, como, por exemplo, essa antiga partilha de espaço entre o Liceu e os Correios.
    O diploma legislativo mostra que o Estado, ontem como hoje, é um empregador indispensável na nossa terra. “A obra concorrerá também para dar colocação a um certo número de operários dos que ainda se encontram desempregados. E quanto mais depressa, melhor.” Esta é, pois, uma realidade que, queiramos ou não, será de difícil evolução positiva, por todas as razões que conhecemos e não é necessário relembrar. Vinha-se fazendo, com banda e fanfarra, a apologia das virtudes do mercado e da sua capacidade para, por si só, ser a solução de todos os problemas das sociedades humanas. Foi assim até cairmos no estupor de uma grave crise que, em grande parte, resulta do próprio capitalismo, mas o que preocupa é não se aperceber de outras alternativas viáveis a não ser a crença de que o Estado é um resguardo que tem de ser acautelado. Mas como alimentar o Estado se não houver efectiva produção de riqueza? Não vamos trazer para aqui a estafada retórica filosófica entre o capitalismo e o socialismo, mas não há dúvida de que a solução deverá estar na intersecção harmoniosa entre um e outro.
    Em Cabo Verde, o amparo do Estado foi sempre indispensável para a cachupa de muitas famílias. Trabalhos de estrada, calcetamento de ruas, construção civil, etc. Muitas vezes me interrogo sobre como vai ser no futuro quando as ajudas externas diminuírem, como provavelmente vai acontecer, sem que o país tenha entretanto criado um tecido produtivo minimamente capaz de garantir a sua viabilidade económica. O turismo tem-se visto que dificilmente será resposta para todos os problemas, principalmente quando se lhe destapa o rosto e divisamos uma realidade que está longe de satisfazer as nossas crenças mais esperançosas. Penso que será preciso encarar seriamente outras vias, como aquelas que o Dr. Arsénio de Pina bastas vezes aflora nos seus escritos. Não há ainda muitos dias, apontou o exemplo das Canárias, em que, a par do turismo, essa região autónoma desenvolve uma agricultura muito fecunda tirando partido de correctas técnicas de aproveitamento e armazenamento das águas pluviais. Arquipélago geograficamente semelhante ao nosso, está aí um exemplo que deveria merecer mais atenção por parte dos nossos governantes.
    Cabo Verde apostou, e muito bem, no ensino e na formação. Hoje, os Gil Eanes estão em todas as ilhas e em todos os concelhos e até freguesias. Mas a formação não será por si só a grande alavanca miraculosa se a nação cabo-verdiana não perceber que importa iniciar uma grande dinâmica empreendedora e com base nas potencialidades que a terra oferece.
    Bem, estas considerações podem ter fugido ao cerne desta notícia que o Djack nos relembrou. Mas digamos que um antigo mnine do Gil Eanes aproveitou a deixa para verter algumas preocupações sobre a sua terra e a sua gente. O Praia de Bote é também para isto.

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  2. Lucidez, como sempre que sai algo das teclas do computador do AML.

    Braça gileanista com correios e tudo
    Djack

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