domingo, 14 de outubro de 2012

[0263] NRP "CUANZA" NO PORTO GRANDE


Enquanto esperamos pela continuação do trabalho de Adriano Miranda Lima, ao qual se seguirá um interessantíssimo texto de Amílcar "Pikau" Lima sobre a Praia de Bote, vejamos o NRP "Cuanza" no Porto Grande, S. Vicente.

NRP "Cuanza" (dados da Marinha de Guerra Portuguesa)

O NRP "Cuanza", indicativo NATO P 1144, é o quinto dos dez navios patrulhas da classe "Cacine". Foi construído nos Estaleiros Navais do Mondego na Figueira da Foz, sendo o início da construção em 1969. Foi aumentado ao efectivo dos navios da Armada em 4 de Junho de 1970, tendo sido o 1TEN José Manuel Castanho Paes o seu primeiro Comandante. O seu nome, Cuanza, é proveniente de um rio da antiga colónia portuguesa de Angola, que nasce na meseta central do país - província do Bié e, depois de percorrer cerca de 970 km - sendo 190 navegáveis, desagua no Oceano Atlântico a cerca de 50 km a sul de Luanda.

Durante os primeiros anos o N.R.P. "Cuanza" cumpriu a sua missão nas antigas colónias portuguesas de Cabo Verde e da Guiné. A partir de 1975, passou a prestar serviço em Portugal Continental e nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira."

Características:
Deslocamento - 292t
Comprimento - 44m
Boca máxima - 7,7m
Calado - 2,2m
Velocidade Máxima - 20 nós
Propulsão - 2 Motores MTU 12V 538 TB80 Diesel, 3.750hp
Armamento e sensores:
1 peça Bofors 40mm/60
1 peça Oerlikon 20mm/65
1 radar de navegação KH 1007
Guarnição:
Oficiais - 3
Sargentos - 6
Praças - 24

2 comentários:

  1. Comentário de Adriano Miranda Lima que por complicação aqui do mecanismo do PB não o conseguiu inserir este:

    "Cuanza" navio, Cuanza rio... este, talvez mais próximo de mim, por ter servido em Angola quase 30 meses e aquela terra marcando indelevelmente os meus verdes anos de soldado. No bom e no mau sentido, convenhamos, mas por fim a espuma que fica é qualquer coisa inapagável na memória e nos sentidos.

    Seduz-me sempre ver um navio a cortar a água azul do mar com o vértice da proa, e se for de guerra tanto melhor. Cuanza navio construído em estaleiro português e hoje vemos os estaleiros de Viana em crise de sobrevivência quando tanta e tanta experiência e know-how acumulados poderiam ajudar nesta grave crise em que vemos o nosso modo de vida cada vez mais a degradar-se. Ah, Portugal precisa voltar ao mar, que é onde está escrito o seu signo. Ah, S. Vicente precisa do mar como de pão para a boca, porque o mar é também o seu destino.

    Djack, mandei-te esta tarde o texto para dar continuação à narrativa sobre os milhares de rapazes mandrongues que encheram Soncent no começo dos anos 40 e cirandavam pelos lados da Praia de Bote atrás das menininhas, depois de tocar a ordem (fim do serviço normal do dia) nos quartéis de Chã de Alecrim, Lazareto, Morro Branco, João Ribeiro e outros locais.


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    1. A classe que vai substituir estes do grupo "Cacine" é curiosamente a classe "Viana do Castelo", a fazer nos estaleiros dessa cidade mas só o deste nome foi construído até agora. Suponho que o "Cuanza" e mais dois ou três ainda navegam ou então deixaram de navegar muito recentemente. Falta de verbas, a sina do costume...

      O texto sairá amanhã e digo desde já aos leitores que tem boas fotos e melhor verbo.

      Braça a navegar,
      Djack

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