domingo, 30 de agosto de 2015

[1648] Amanhã, mergulhe "No pó do arquivo", no "Liberal"





(...) Esta, também com grande simpatia, conduziu-me através de longo corredor orlado de gabinetes que davam para a baía até ao arquivo, onde assentei arraiais. É difícil descrever a impressão que o desorganizado local me causou. (...)

(amanhã, clique em LIBERAL)

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

[1647] Sala de estudo na Praia de Bote

Aquele título seco e algo enigmático ali em cima, afinal diz tudo. Quem sabe, sabe. E quem quer contar algo sobre ele, que conte...

Foto de Nelson Fortes Lima
 
Antes em São Vicente, mesmo na morada (e, talvez ainda hoje em alguns locais da ilha) , hoje na Guiné-Conacri

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

[1646] Jogo, joguinho, vândalo, vândalozinho... (ver post anterior)

O jogo e a vandalização do pedestal da estátua de Diogo Afonso (um entre muitos) datam do mesmo dia, 24 de Abril de 2014. A fotografia foi feita pelo meu amigo Nelson Fortes Lima em 22 de Janeiro de 2015.

Ou seja, em nove meses, não houve uma alma COM RESPONSABILIDADES que mandasse alguém pegar num balde, numa escova e num esfregão e limpar aquela porcaria. E, se calhar, a "vitoriosa" inscrição ainda lá está! Caso para dizer "se fosse eu, a coisa seria diferente". Só que infelizmente, não sou nem serei...


[1645] Benfica, 2 - Juventus, 1, com pintura e tudo...

Passou-se isto na Luz, nas meias-finais da UEFA Europe League, em 24 de Abril do ano passado. Garay abriu o marcador a favor dos "encarnados". Carlos Tévez empatou já no segundo tempo, mas coube a Lima apontar o tento da vitória. Sim, OK, mas que tem este suporte onde a coisa foi pintada a ver com isso? Sim, que tem? Talvez o benfiquista Adriano saiba...


[1644] Houve um tempo em que as pessoas escreviam cartas...

Esta é de Armando Napoleão Rodrigues Fernandes e enviada em 1921 nada mais nada menos que para Alepo, na Síria, cidade martirizada nos últimos tempos, por motivos que todos conhecemos. Quem seria este senhor Elias Hazzaz para quem o esforçado linguista escreveu? Não consegui sabê-lo. Mas sei que o bairro Saliba era de cristãos e de judeus (o nome Elias, não engana) e que na rua Salibé havia uma tipografia... Para quem desejar conhecer melhor Armando Napoleão, aqui ficam completos dados biográficos existentes no blogue de Barros Brito Ver AQUIQuanto à beleza do carimbo pessaol do remetente, em registo art nouveau, nem é preciso afirmá-lo. Vê-se!


terça-feira, 25 de agosto de 2015

[1643] No "Liberal", agora e em breve


No jornal digital "Liberal", sempre às segundas-feiras, leia textos curtos sobre Cabo Verde... ou esquecidos pedaços de história das ilhas, por vezes com uma pitada de humor. Clique AQUI

24.08.2015 - Joe e Adelina
(...) Tanto o Joe como a Adelina decerto se cruzaram comigo nas ruas da ilha, naquele ano de 1964, mas eu só havia de saber deles décadas depois, através deste postal que com grande probabilidade de acerto esconde uma das muitas histórias de ida de gente do arquipélago para os States. Talvez nos tenhamos visto nesta mesma rua de Lisboa que Joe escolheu para enviar em fotografia para Fairhaven. Artéria principal do Mindelo, nela se observa à esquerda a Casa do Leão, do inesquecível Sr. Celso (o postal era edição do seu estabelecimento), em frente o Palácio do Governo (após a independência rebaptizado como "do Povo" e agora entregue à guarda do Município são-vicentino) e à direita o plurim ou Mercado Municipal. (...) 

31.08.2015 - No pó do arquivo
(...) É difícil descrever a impressão que o desorganizado local me causou. Parecia que um vendaval por ali passara. Arquivos com gavetas escancaradas (alguns, tombados), cartas náuticas amarelecidas, listas da Armada, diários do Governo, números esparsos do Boletim Oficial de Cabo Verde, livros meio abertos por todo o lado, pelo chão à solta, empilhados aqui e ali, sobre a parte cimeira dos arquivos, num caos indescritível que me levou a pensar (e ainda hoje o creio) que tudo aquilo era "fotografia" deixada pela Marinha Portuguesa quando abandonou o local em 1975, após busca da documentação que mais interessava transportar para Portugal. E pó, muito pó, carradas dele, cobrindo tudo. Cheguei até a supor que após duas décadas e meia de esquecimento era eu a primeira pessoa a pisar o sítio. (...)

07.09.2015 - Escravos barulhentos, não pode ser...
(...) Por via de ampliar o acervo da minha biblioteca e arquivo cabo-verdianos, frequento há algum tempo um alfarrabista lisboeta que de quando em quando me encontra fabulosos petiscos ilhéus, seja em livro, seja em documentação de variado tipo: primeiras ou segundas edições de clássicos do arquipélago, velhos editais, cartas de governadores, cartões-de-visita, etc.. Entre esses materiais que pacientemente vou acumulando (pobre escritório, cada vez mais cheio!...), fui desencantar um edital de 1717 – época do Rei D. João V, ano da sua vitória em Matapan (ou Matapão) integrando uma armada internacional no Mediterrâneo que lutou a pedido do Papa Clemente XI contra os Otomanos e do início das obras do Palácio-Convento de Mafra – que fala sobre escravos cabo-verdianos demasiado barulhentos e de como eles deviam ser "domesticados". (...)

14.09.2015 - As três memórias mindelenses a Gago Coutinho e Sacadura Cabral
Por escrever

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

[1642] Hoje no "Liberal" inicia-se a coluna "Ilhéu dos Pássaros - Histórias curtas", de Joaquim Saial

Clique AQUI, para ler o texto "Joe e Adelina"
NOTA: Em dia de reinício e muito stress na redacção do Liberal surgiram pequenos erros na colocação do nosso artigo (alguns já emendados), como a falta de imagens que dão sentido ao conjunto. Já fizemos pedido de alterações, que decerto serão feitas em breve. Enquanto isso não sucede, aqui ficam as duas peças, antes divulgadas sem texto no Praia de Bote.




domingo, 23 de agosto de 2015

[1641] Regressa o "Liberal", com novo logótipo

Liberal,aí está de novo. O endereço é este, no qual pode clicar:
Para comemorar, e por ser coisa ainda actual, aqui fica um dos nossos cerca de 60 artigos publicados no defunto e agora renascido jornal.

13 Jan, 2006     06:35h
A coluna de Joaquim Saial 
CABO VERDE DI MEU 
DE EDEN PARK A QUÊ?

Como terá surgido o nome? Inspirado no do londrino Eden Park Hotel, de 1860? No do Art Museum Eden Park, de Cincinnati, Ohio, feito em 1887? No da casa construída em 1891 em Marryatville, Adelaide, Austrália, hoje colégio? Seja como for, aquela designação de “Parque do Paraíso” fica-lhe bem. Aliás, sempre lhe caiu que nem uma luva. Porque durante oito décadas foi realmente o paraíso do cinema, do teatro, de récitas de estudantes e de soldados do quartel, de festas de Natal, de eleições de misses, de mil e uma actividades que fizeram a sua própria história, a da cidade, a da ilha e a de Cabo Verde. E não é “Cinema Paraíso” um dos mais belos filmes sobre o cinema e os edifícios em que ele vive, em que ele se divulga?

O Luíz Silva, o Adriano Lima, o Zizim Figuera, o Djô Martins, cada um a seu modo, já deram valiosíssimo, certeiro e atempado contributo à causa da manutenção deste templo mindelense da Cultura. Ponto final, então? Parece-me que de modo nenhum. Contudo, é necessário não ter ilusões. Nos tempos que correm, de vídeo e DVD, um cinema com aquelas características, naquelas condições, se não levar uma grande volta, está condenado à morte lenta. E o giro é possível, mantendo-se o espírito da coisa, mantendo-se a magia, conservando-se a matriz primeira, de sítio cultural. Neste ponto, parece-me que o inteligente depoimento de Adriano Lima oferece grandes possibilidades de sucesso. E dou aos leitores um exemplo semelhante em que participei, ainda que a nível modesto.

Como alguns leitores sabem, apesar de transportar uma forte costela mental mindelense, sou natural de Vila Viçosa, Alto Alentejo, Portugal. E nesta minha terra, um grupo de figuras locais construiu nos meados do século XX um Cine-Teatro baptizado com o nome da poetisa local Florbela Espanca. Edifício grande, com vasta capacidade de público, alguns lugares cativos, como era usual, grande luxo de ferragens e de mármores, pedra abundante nas imediações da vila, e máquina de primeira qualidade para a projecção das fitas.

Tudo correu bem, até ao advento do vídeo. Depois, foi o descalabro. Algures no início dos anos 80 vi ali o meu último filme, por acaso português, da autoria de Monique Rutler. Era Inverno, o frio mais que muito e eu tiritava. Ainda por cima, não percebi metade do que os actores diziam, apesar de falarem na minha língua. A dado passo, a fita partiu-se. Daí a pouco, partiu-se de novo. E à terceira, quando ela começou a arder, com projecção do incêndio no ecrã, jurei a mim mesmo que nunca mais ali poria os pés enquanto não houvesse alterações ao estado de coisas que aqui descrevo. E assim foi.

Os anos foram passando e o Cine-Teatro Florbela Espanca a definhar, num marasmo de cortar o coração, degradando-se e aviltando os seus pergaminhos. Até que a Câmara Municipal de Vila Viçosa, em boa hora, resolveu adquiri-lo aos antigos proprietários e dar a tal volta de que falei atrás. Abriu-se concurso público, a fim de remodelar o interior do edifício, com novas valências, embora mantendo as anteriores de teatro e cinema. E o projecto surgiu, com autoria dos arquitectos da terra Manuel Lapão e José Carlos Ramalho e uma colaboração minha na área da memória cultural do teatro e do cinema em Vila Viçosa. A grande sala manteve mais ou menos a mesma volumetria, dando embora possibilidade de divisão em duas, uma maior, outra mais pequena, do tipo cinema de bolso, para realização de palestras, por exemplo. Uma zona lateral foi dedicada a galeria de arte, que tem mantido programa quase contínuo de exposições nos últimos quinze anos. E implantou-se um moderno sistema de ar condicionado.

Pelo menos duas vezes por semana, há sessões de cinema, com filmes de estreia, o que faz com que o público, que de há muito abandonara o Cine-Teatro, tenha vindo paulatinamente a regressar e a fixar-se. E grande parte das cerimónias municipais já ali se realiza, a par do uso público mais rotineiro, de cinema, teatro e espectáculos musicais. Ou seja, a casa salvou-se.

Em Vila Viçosa, não se recorreu à inclusão de lojas ou outros equipamentos comerciais no Cine-Teatro. Mesmo assim, não consta que a Câmara Municipal esteja a ter prejuízo com a administração deste espaço. No Mindelo, porém, a situação será outra. E por isso a ideia de Adriano Lima, deve ser estudada por quem de direito. Para além de que lojas e algum bar ou restaurante darão mais vida à Praça Nova durante a manhã e a tarde, para não falar em algumas noites da semana em que está deserta. Afinal, só há um sábado e um domingo por semana…

Pergunto eu, em título: “De Eden Park a quê?”. Parece-me que só há três respostas prováveis: a primeira, “de Eden Park a condomínio privado”, deve estar para sempre longe dos nossos horizontes de gente civilizada; a segunda, “de Eden Park a ruínas”, pelo mesmo motivo, também; a terceira, “de Eden Park a Eden Park”, parece-me a mais aceitável e única permissível, com as necessárias alterações que os tempos modernos exigem. O progresso é bom, não sejamos complexados, e é sabido que há coisas que não podem cristalizar no tempo. Mas com calma, mantendo-se as memórias, as finalidades, não destruindo mas adaptando. Um Eden Park jovem pode conviver perfeitamente com a ideia de lucro. Basta utilizar os miolos, basta não ser empedernido, basta ter espírito mindelense, de generosidade.

Um dos últimos acontecimentos que presenciei no Eden Park foi o que teve como protagonista o Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra que ali cantaram e encantaram na noite de 26 de Julho de 1999 (e não de 1998), como por lapso se indica no site do próprio coro. Foi a Dr.ª Ana Cordeiro, do Centro Cultural Português, quem me ofereceu o bilhete para o espectáculo, do qual o pai era um dos componentes. Lembro-me de que fui acompanhado pela minha amiga, professora D. Zinha Lima. A sala estava a rebentar pelas costuras. O coro arrancou, o público num silêncio impressionante, apenas interrompido por trovoadas de aplausos de cada vez que as peças terminavam. Até que se aconteceu uma surpresa: o Ildo Lobo surgiu no palco do Eden Park, para acompanhar o coro. “Tchapéu di Padja” e “Sôdad” foram duas das canções em que a hoje saudosa voz rouca do homem dos Tubarões acompanhou a mais doce dos doutores de Coimbra.

Após uma primeira parte de canções, seguiu-se outra de tradicional fado coimbrão. No fim do espectáculo, como é hábito, um dos componentes do coro chamou os elementos do público que tivessem sido antigos alunos da Universidade de Coimbra para, em conjunto com os orfeonistas, cantar a canção da despedida. Logo, um grupo de umas duas dezenas de pessoas se dirigiu ao palco. Entre elas, encontrava-se a Dr.ª Isaura Gomes…

Por favor, não me rasguem aquele cinema, como o porteiro rasgava o bilhete quando eu ali entrava; ou como me rasgaram o Café Royal; ou como me rasgaram o seu companheiro de infortúnio Park Miramar; ou como me rasgaram a Central Eléctrica, símbolo ímpar de arqueologia industrial; ou como me rasgaram a Matiota; ou… Enfim, é preciso ter fé nos homens e mulheres de boa-vontade. Acho que o período de sete palavras (número de sorte) com que rematei o penúltimo parágrafo deste CABO VERDE DI MEU diz tudo das minhas esperanças (e das do povo de São Vicente) sobre um desfecho feliz para o “affaire” Eden Park.

Mais palavras para quê? É um cinema mindelense…

[1640] Viajar para São Vicente, no "Alfredo da Silva"

Eu vou em 1.ª. Nada de pinderiquices que a viagem merece o luxo. Quem quer ir comigo? Encontramo-nos na doca de Alcântara e já a bordo "Alfredo" comemoramos a partida com um gin-tonic. Pode ser? E fazemos o mesmo na escala em Leixões e no Funchal, antes de aportarmos ao Mindelo. Raios!!! Agora é que me lembrei que em 1951 eu ainda não tinha nascido...

[1639] De "Chiquinho"...

(...) Portanto entendo que devemos frisar o nosso condicionamento geográfico e económico. A província vivendo  dos rendimentos do Porto Grande. A decadência de S. Vicente. A falta de navegação. Por conseguinte a depressão nos espíritos. O trabalhador não sente disposição para nada quando não vê coisa nenhuma para dar aos filhos. O seu objectivo imediato é o milho para a cachupa. (...)

[1638] Sexto "Chiquinho" a entrar na biblioteca do "Praia de Bote" (2.ª portuguesa, ed. Prelo, 1961)






[1637] Mais um "Chiquinho", o sétimo a entrar na biblioteca do "Praia de Bote" (6.ª portuguesa e 2.ª fac-similada, ed. do Inst. Port. do Livro e da Leitura,1988)





[1636] MATCHXPOINT - Eden Park ft Dj Letra (Official Video). Para ouvir... MESMO!

sábado, 22 de agosto de 2015

[1635] Cesária: ela era a maior... cantasse com quem cantasse (4)

[1634] Cesária: ela era a maior... cantasse com quem cantasse (3)

[1633] Cesária: ela era a maior... cantasse com quem cantasse (2)

[1632] Cesária: ela era a maior... cantasse com quem cantasse (1)

[1631] Cope já m'tem: agora bocês btál dente um cirvijinha Strela... ó um grog...


[1630] Tempe de diazá (de 1962 ou posterior, sem mais palavras)


[1629] Júlio César Almada, capitão baleeiro, homenageado em São Nicolau

Através do nosso amigo Arsénio de Pina recebemos a seguinte mensagem, na qual se fala de uma homenagem ao capitão baleeiro Júlio César Almada. Como sempre (isto é, sempre que possível), juntámos à noticia material que temos em carteira, no caso, alusivo ao dito mareante:

Do blogue "Submarino Cabo-Verdiano", Adildo Soares Gomes 
Caros sócios de BLACKFISH (Clube de Amigos do Museu da Pesca):

Damos por esta via sinal de vida e conta de que o Clube está ativo apesar do silêncio, de algum modo justificado.

Estando em condições de fornecer algumas notícias relevantes, enviamos esta mensagem em grupo com a orientação de resposta também em grupo.

A primeira fase do museu foi inaugurada e entregue ao Ministério da Cultura / IPC, na presença do ministro; Na ocasião providenciámos e foi editada uma brochura, sobre a vida do Capitão Baleeiro JÚLIO CÉSAR ALMADA, homenageado na altura, com a atribuição de seu nome a uma das principais artérias da cidade de Tarrafal, bem assim com a colocação e descerramento de uma placa na casa onde ele residiu em Praia Branca. O acto contou a a presença de familiares, dos dois presidentes de câmaras da ilha e, do ministro da Cultura que presidiu ao acto;

Com a edilidade, procurou-se resgatar parte da memória baleeira e da pesca, atribuindo e recolocando placas toponímicas alusivas em ruas da cidade: Av. António Assis Cadório, Largo José Gaspar da Conceição, Rua dos Baleeiros, Rua do Arpoador, Pça, dos Pescadores. Foram assinaladas a localização da estação Baleeira de Tarrafal e a casa onde viveu o Sr. Joaquim Pinheiro Vila, operário da SUCLA;

Seguimos realizando pesquisas e investigações, mobilização de peças e artefactos com valor museológico, estabelecendo relações com museus congéneres, nos Açores e Estados Unidos; Apelamos aliás, a quem tenha ou conheça que possa dispor de peças de interesse, a sensibilizar e/ou promover a sua cedência ou doação para o espólio do museu.

Outra boa notícia é que:

Demorou, mas conseguimos finalmente, a legalização do Clube, junto da conservatória;

Providenciamos a sua inscrição e integração na ORAC - (Organização das Associações da Ilha) – e CRP (Comissão Regional de Parceiros locais);

Outrossim, de acordo com o que ficou estatuído aquando da criação do CLUBE, a 30 de Novembro será comemorado o “DIA DO CLUBE” e realizado o convívio previsto entre seus sócios, amigos e convidados; Uma vez que a data cai numa 2ª feira, o essencial das actividades ocorrerá durante o fim-de-semana anterior (27 a 29 de Nov.)

Pretende-se realizar por essa altura uma assembleia-geral, quando serão prestadas as contas e relatório de actividades. 

Recomendamos a todos que considerem essas datas, para efeito de organização da agenda pessoal, marcação de reservas de voo e de alojamento, em vista das debilidades da ilha, no que concerne às ligações marítimas e de alojamento. Para quem queira, aluguer de viatura também.

A seu tempo, faremos chegar pormenores, designadamente da programação, contribuição individual. Até, lá aceitam-se sugestões de enriquecimento do programa.

Subscrevo com elevada consideração

José J. Cabral
PRESIDENTE DIREÇÃO

Quem era Júlio César Almada? Não o sabemos, mas aqui ficam indicações sobre o capitão Júlio Almada, em princípio a mesma pessoa (com reservas óbvias).

Sabemos que em Abril de 1932 estava para sair do Porto Grande de São Vicente para New Bedford o veleiro de três mastros "Marion L. Conrad" navio com comodidades "como nenhum outro em Cabo Verde", comandado por Júlio Almada.

Sabemos também que um irmão seu, Franklin Almada, em finais de 1931 foi arrebatado por uma onda, enquanto piloto do mesmo veleiro, em viagem de sentido inverso que durou... 47 dias.

Isto é o que sabemos. É pouco, mas a mais não somos obrigados. 

Fica a bola na mão de Arsénio de Pina ou de José J. Cabral...

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

[1628] Mindelo muda de nome. Aí está o Bulldozerdelo.

Cidade do Mindelo muda de nome, passando a designar-se como Bulldozerdelo. De facto, já nada justificava o antigo topónimo liberal, agora que a cidade se rendeu à destruição dos edifícios e lugares históricos. Cerimónia de alteração do designativo realizou-se ontem, com a presença das autoridades oficiais, no sítio onde se encontrava o antiga Praça do Regala e agora se erigirá mais um complexo habitacional de luxo, o Regala Palace Apartments. 


[1627] Destruição do Mindelo e de São Vicente chega ao Monte Cara

Calisto Semedo Pina Évora, morador em Fonte Cónego e pato-bravo de profissão, é o empresário de demolições encarregado de destruir o emblemático Monte Cara, antigo motivo de orgulho da ilha. Hoje esquecido pelo povo de São Vicente, o monte dará lugar a um complexo habitacional de 33 torres de quinze andares, com piscinas individuais, parques de estacionamento para bulldozers e lojas Mc Donald's e Burger King. Eis uma foto do início dos trabalhos.


[1626] Lajinha Bulldozer Park, na antiga praia da Lajinha, hoje alcatroada (ver dois posts anteriores)


[1625] Na sequência do post anterior, apresentamos foto do antigo estádio da Fontinha transformado em parque de bulldozers, o primeiro a ser adaptado a esse fim


[1624] Bulldozers à frente nas vendas em São Vicente obrigam a grandes transformações na ilha

Pela primeira vez desde 1838, ano tradicionalmente dado como o de início do povoamento da ilha de São Vicente, a venda de bulldozeres está à frente, em relação à de outros meios de transporte terrestre. Só nos primeiros seis meses de 2015 foram adquiridos por particulares ligados à contrução civil  734 destes aparelhos de demolição, havendo até pais que os oferecem aos filhos como prenda de aniversário. O bulldozer tornou-se o veículo preferido dos mindelenses, ultrapassando em 52% as vendas de automóveis e bicicletas (Fonte INECV). Chegou-se ao ponto de os cortejos de casamento serem feitos com bulldozers, bem como os funerais a caminho do "dezóito dôs ote". Stands de automóveis e lojas de bicicletas e motas reconvertem-se. Estradas começam a ser alargadas para evitar acidentes, dada a maior largura dos "buldoze", sendo que a primeira a ter adaptação vai ser a de Mindelo-São Pedro, seguindo-se, segundo previsto, a de Mindelo-Baía das Gatas. Diz-se que Praça Nova, Praça D. Luís e Praça Estrela serão em breve transformadas em gigantescos parques de estacionamento de "buldoze", as maiores de África.

[1623] Mindelo edita postais ilustrados em inglês

Aumenta a chegada de turistas ao Mindelo, meca da demolição. Visitantes querem ver in loco a criminosa transformação de uma cidade única pelos seus monumentos históricos numa outra exactamente idêntica às metrópoles mundiais incaracterísticas onde ninguém pretende ir, excepto os que lá residem. Desiderato está a ser conseguido rapidamente, por laxismo ou apoio oficial directo à política de pato-bravo. A cidade são-vicentina já é um case-study desta atitude, inserido nos curricula das principais faculdades de arquitectura e sociologia de todo o mundo. Aproveitando a onda de "tude pa tchom", foi posta à venda por entidade desconhecida uma colecção de postais ilustrados alusivos ao tema, já em quinta tiragem, quase esgotada. Praia de Bote reproduz um deles que lhe foi enviado por mão amiga...





segunda-feira, 3 de agosto de 2015

[1619]


Em homenagem ao malogrado Dr. Corsino André Fortes, 1º Embaixador de Cabo Verde em Portugal, Poeta, Escritor e Combatente da Liberdade da Pátria, figura ímpar do mundo da cultura, das letras e da academia, encontra-se aberto um livro de condolências na Embaixada de Cabo Verde em Lisboa, nos dias 4 e 5 de Agosto, das 10h30 às 12h30 e das 14h00h às 16h00.

Marta Andrade
Gabinete da Embaixadora