sexta-feira, 28 de agosto de 2015

[1647] Sala de estudo na Praia de Bote

Aquele título seco e algo enigmático ali em cima, afinal diz tudo. Quem sabe, sabe. E quem quer contar algo sobre ele, que conte...

Foto de Nelson Fortes Lima
 
Antes em São Vicente, mesmo na morada (e, talvez ainda hoje em alguns locais da ilha) , hoje na Guiné-Conacri

6 comentários:

  1. Ê um nunca mais acabar de gente e de factos directa ou indirectamente ligados a ex-libris de PsB. Contento-te de ver e fazer desfilar casos e reolas
    Bem Haja PdB

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  2. Bem, vou contar uma que é bem recente. Em Maio passado, estando eu e S. Vicente, um primo emprestou-me o seu BMW para eu ir resolver uns assuntos. Ia eu, na avenida marginal, com pouco trânsito, a conduzir a bruta máquina. Devagarinho, sem pressa nenhuma, como que a fazer pouco da cavalagem da viatura. Nisto, um automóvel resolve ultrapassar o meu e, claro, havia todas as condições para o fazer em perfeita segurança e cumprindo as regras. Mas o que o condutor fez foi das coisas mais estapafúrdias que já vi nesse tipo de manobra. O carro, sem imprimir a velocidade adequada para fazer a ultrapassagem (que teria de ser superior à minha), contornou pachorrentamente o meu, fazendo um autêntico ângulo recto, a rasar o extremo direito do pára-choque do meu veículo e acto-contínuo retomando a faixa do lado direito. Mas tudo a uma velocidade baixinha e com um incrível traçado rectangular entre as duas viaturas envolvidas. Fica claro que sem salvaguardar a mínima distância entre as viaturas. Boquiaberto, o que valeu é que tive de afrouxar mais ainda o andamento do BMW para não haver colisão. A minha mulher exclamou: - Mas que é isto?!
    O carro que ultrapassou continuou a sua marcha devagarinho e sem a mínima perturbação por parte do seu condutor. E eu parei mais à frente para meter gasolina nesta bomba da rua da Praia. Foi quando, passado pouco tempo, vi a aproximar-se em sentido contrário o veículo da ultrapassagem, sempre em marcha vagarosa, calminha da sua vida. Então, fisguei o olhar para ver quem era o condutor. Era uma mocinha, de rabo-de-cavalo, girinha, a conduzir em postura hirta, quase hipnótica. Tive imensa vontade de rir e se não estivesse a minha mulher presente, tê-la-ia mandado parar só para lhe dar uma palavrinha paternal a aconselhá-la a não confiar excessivamente nos condutores das viaturas que tiver de ultrapassar.
    Só sei que respirei de alívio por não ter de sujeitar o BMW do meu primo a uma ida ao bate-chapas e pintor. Teria sido mesmo muito desagradável. Enfim, tudo vem a propósito da calmaria com que se conduz na nossa terra. Ainda bem que assim é.

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  3. CLARO, AMIGO ADRIANO...ESTE É UM EXEMPLO DOS MAIS EVIDENTES DE QUE "NEM OITO NEM OITENTA!"....De resto, eu trocava duas idas ao bate-chapas por uma idazinha a S.Vicente!.
    Coisas da vida!
    Braça
    Zito




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  4. Estou a ver que ninguém leu o cabeçalho deste post. Ninguém ligou àquele "sala de estudo". Mas como esta história já eu contei noutro lado e esse "lado" todos estes três mocim têm lá em casa, não conto outra vez.

    Braça com livro de Ciências Naturais ou de História na mão,
    Djack

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  5. Ah, Djack, desculpa mas não vejo como se poderia associar. Lembro-me de que antigamente a malta do liceu se levantava de madrugada para ir estudar à luz de uma lâmpada frente ao Telégrafo, que era a única acesa àquela hora. É que a central eléctrica da cidade parava o motor a uma certa hora avançada da noite, ao passo que o Telégrafo tinha gerador próprio. A mim nunca me deu ir estudar para lá porque preferia acender o candeeiro a petróleo e ficar em casa.
    A verdade é que comove ver estes rapazes da imagem a estudar no espaço público. Espero é que não seja o Corão (é Guiné Conacri, não é?) mas sim matéria que lhes abra os olhos para a vida e a natureza.

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  6. No meu tempo íamos estudar às 5/6h da manhã, pois parece que é a hora ideal para esta actividade, à luz do Comando Naval na Pontinha. Outros estudavam até muio tade 23h neste mesmo local.

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