quinta-feira, 8 de outubro de 2015

[1693] "Senhor das Areias", o velho "pé de chumbo" dos mares de Cabo Verde

Na sequência da oferta de uma foto do veleiro Senhor das Areias que o Zeca Soares teve a gentileza de fazer ao Praia de Bote, fui dar com um discurso do deputado da antiga Assembleia Nacional de Portugal, Ricardo Vaz Monteiro (oficial do Exército, da arma de artilharia, ligado ao golpe do 28 de Maio), datado de 27 de Abril de 1955 em que a propósito das contas do Ultramar (muito detalhado relatório em que Cabo Verde é a colónia inicialmente referida) alude ao nosso para sempre estimado veleiro (mesmo, sendo pé de chumbo). Aqui fica de novo o Areias e um excerto da prosa do deputado, para além da foto do mesmo.



5 comentários:

  1. Falou e disse !!!
    Verdade, verdadinha. Era sabido que o "pé de chumbo" era deficitàrio mas... ia servindo na medida em que não havia uma congénere e não se falava ainda de aviões. Assim, as deslocações eram feitas em veleiros que levavam muito tempo pois, por azar, nessa terra ventosa, às vezes era a calma por dias seguidos.
    Mesmo assim, Senhor das Areias deixou o seu nome no registo da marinha mercante inter ilhas.

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  2. Curiosas informações que o Djack recolhe de velhos baús. Nunca imaginaria que o Senhor das Areias entrasse nas discussões da Assembleia Nacional.

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  3. Com efeito Adriano é curioso que o Senhor das Areias tenha sido 'notícia' na Assembleia Nacional de Portugal em 1955

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  4. Uma excelente informação duma conta de exploração que ainda hoje, 60 anos depois, ainda se faz em Cabo Verde, na ligação marítima entre algumas ilhas. O desenvolvimento do país é tal que na região de Barlavento, se não for com subsídio do Estado as ligações entre São Vicente/São Nicolau e este com a Ilha do Sal não se realizam. Em Sotavento a ilha do Maio e a ilha da Brava também. São os custos da insularidade.

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  5. Esse deputado Ricardo Vaz Monteiro nasceu em 1891, entrou para a escola do exército (arma de Artilharia) em 1910, foi promovido a alferes em 1916, a tenente em 1918, a capitão em 1922. Passou à reserva como tenente-coronel em 1947, com a pensão anual de 30.000 escudos. Não tendo dados sobre as datas de promoção a major e tenente-coronel. Pelo que o Djack nos dá a conhecer, entrou para a actividade política, ou não tivesse participado no Movimento de 28 de Maio de 1926.

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