domingo, 31 de janeiro de 2016

[1853] Um jornal importante, uma data a comemorar e três homenagens justas


[1852] Cave na Rua de Matijim

As fotos são do nosso ponta-de-lança em São Vicente, o amigo Zeca Soares. E vieram acompanhadas da seguinte indicação: "Trata-se duma casa demolida recentemente na rua de Matijim (Santo António) paralela à Rua d'Praia e que está a ser reconstruída com uma cave. Fica a pouco mais de 50 metros da orla marítima, o que indica que muita coisa foi roubada ao mar nesta zona." Bem procurado, sabe-se lá se encontrarão uma lucerna romana, uma fivela de cinto visigótica, um punhal mouro ou a espada perdida de Diogo Afonso...





[1851] 5 anos de Praia de Bote, a 7 de Fevereiro


sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

[1850] Mindelo, Mindelo, embora "miserable", esteve quase...




[1849] Em 2014. São Vicente "De braços abertos vos recebemos com morabeza"

[1848] Carnaval já tchegá (música indicada por Valdemar Pereira)

[1847] Cabo Verde, aqui tão perto

Vinha eu hoje de umas compras, mãos ocupadas com sacos, vejo aqui mesmo ao pé de casa um cabo-verdiano a passear o seu cão. Pergunto-lhe eu: "Ta passeá catchorrim?". Responde-me ele, rindo-se de ser interpelado em crioulo: "Tude drête?". "Tude drête!", retorqui eu. E pronto, lá seguimos os nossos caminhos, eu para casa, ele cumprindo a função de dono, exercitando o canídeo. É reformado da marinha mercante e marido da filha de um antigo polícia marítimo da Capitania dos Portos. Eu, ele, a esposa, os três por aqui, e uma história lá para trás no nosso passado que nos aproxima deste modo tão simples mas também tão sabe.


[1846] A guerra que se prolongou para além da guerra

A carta foi enviada do Mindelo para Vila Real de Santo António, para um senhor cujo nome, como sempre, eliminámos. Carimbada no Mindelo (e não como ida de São Vicente), tem também chancela castrense, da "Expedição Militar a Cabo Verde - Quartel General - Isento de Franquia". Mas é de 17 de Dezembro de 1952, acabada a guerra havia mais de sete anos.


[1845] Nada mau, ontem, de facto


quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

[1844 - Post n.º 80 de Janeiro de 2016] Homens e mulheres das ilhas de Cabo Verde, em 1778, época da Rainha D. Maria I/Rei consorte D. Pedro III


[1843] Visitas ao Pd'B nas últimas 24 horas

Cerca de 500 visitas, sendo que cerca de um décimo delas foi feito a partir de Cabo Verde. Não conseguimos perceber o motivo da vinda ao Pd'B de tantos ucranianos (25), mas que foi um bom dia, foi


[1842] Gote de Mané Jon e gote de Djosa de nha Bia ta pscá na baía


[1841] Um fmaça d'canhote, sabin, sabin...

Trata-se de uma mulher do povo de São Vicente, aí pelos fins do XIX, inícios do XX. "Mulher do povo", obviamente quer aqui dizer "mulher de trabalho", para os outros e para o seu próprio lar. Ta plá midge, uma das principais ocupações da dona de casa mindelense, é o que aflora no postalinho de edição inglesa, decerto da casa Auty Ld., de Tynemouth, GB ou da Thornton Bros., de Brompton, no Kent, também na Grã Bretanha. Tem o postal ilustrado aquela que consideramos uma das melhores legendas de sempre, certeira indicação do que se passava com esta fumadora de canhote que por entre a dureza das tarefas quotidianas conseguia tirar 15 minutos para um tempo seu.. Ó Deus, qu'fmaça sabe!...


[1840] E em Janeiro, também no "Terra Nova", teremos o Campo de Concentração do Tarrafal e guardas, guardas e mais guardas...


[1839] Já saiu no jornal "Terra Nova", em Cabo Verde

Nos últimos dias do regime terminado a 25 de Abril de 1974, ainda havia deputados por Cabo Verde no Parlamento português: Tito Lívio Maria Feijóo (ou Feijó) e Armindo Octávio Serra Rocheteau. É essa (sua) pequena história que se conta no n.º 456 do "Terra Nova, de Dezembro de 2015. "Deputados por Cabo Verde em Lisboa: o dia do fim" (já publicado noutro periódico cabo-verdiano mas sem as ilustrações que ora o enriquecem), por Joaquim Saial, seu 37.º texto ininterrupto para o periódico.


[1838] Praia de Bote já voltá. Bsot ta pdê cmentá


[1837] O afundamento do "Memnon"

Ocorrência 13 - O "Memnon"

(ver doze anteriores ocorrências, em posts já lançados do Praia de Bote; clique na etiqueta Ocorrência, mesmo no final deste post)

Luís Filipe Morazzo
Auxiliados pela máquina codificadora Enigma, que transmitia informações sobre a localização dos navios militares e cargueiros inimigos, os U-boats, devido a esta ajuda suplementar, foram responsáveis pela maior parte das vitórias da Alemanha nazi no mar.

Já ficámos a saber que uma das estratégias envolvendo os submarinos alemães, era a chamada, “Alcateia de Lobos”. Com este estratagema os submarinos alemães faziam um cerco aos comboios que trafegavam no Atlântico Norte, atacando-os sempre que possível com a máxima força e de várias direcções, com o objectivo de provocar o maior número de baixas no inimigo.

Com este propósito, o primeiro submarino que detectasse a existência de qualquer concentração de navios hostis, logo de imediato deveria comunicar ao seu quartel-general em Berlim, as coordenadas da localização dos navios inimigos, o qual por sua vez, iria tentar concentrar o mais rapidamente possível, o maior número de submarinos existentes naquela área do oceano, em que o comboio naval acabou de ser detectado, 

O equipamento que utilizavam para enviar as tão importantes coordenadas da eventual posição dos navios inimigos, era precisamente o Enigma. 

Duas situações concorreram para que o Enigma pudesse finalmente ter sido decifrado: a primeira, a apreensão acidental de uma das máquinas que estava a bordo do U-110. Este submarino ao envolver-se numa feroz batalha, a 9 de Maio de 41, contra o comboio OB-318, quando este se encontrava a leste do cabo Farewell (Gronelândia), foi obrigado a emergir após ter sido alvo de fortes ataques da parte dos navios escoltadores HMS Aubretia e HMS Broadway. A rapidez com que a tripulação destes navios efectuou a apreensão do submarino U-110 impediu, não só, o afundamento deste, mas também, a captura de uma das famosas máquinas Enigma. 

Este acontecimento foi um dos segredos mais bem guardados de toda a guerra. De tal modo foi assim, que os alemães somente tiveram conhecimento da captura de uma das suas máquinas Enigma, vários anos após o termo da guerra. A segunda situação, a presença física do Enigma nas mãos dos aliados, veio facilitar e muito, o trabalho que o matemático inglês Alan Turing e a sua equipe do Bletchley Park andavam a desenvolver desde o início do conflito, na tentativa de decifrarem o código desta máquina.

O "Memnon"
Vamos de novo falar sobre um dos mais bem-sucedidos submarinos da II Guerra Mundial, o U-106. Já o vimos quando do ataque ao comboio SL-68. Desta vez vamos conhecer os detalhes do ataque efetuado ao Memnon, belíssimo cargueiro inglês, a navegar isoladamente, a cerca de 200 milhas a leste da ilha da Boavista, em 11 de Março de 1941. Este navio, propriedade de uma das maiores e conceituadas firmas inglesas, a famosíssima Blue Funel Line, apresentava um deslocamento bruto de 7500 toneladas. Construído em 1931, em Dundee (Escócia), transportava nos seus porões um carregamento maciço de 3000 toneladas de trigo, 3200 toneladas de concentrado de zinco e ainda 2000 toneladas de carga geral, tudo isto carregado em Port Pirie (Austrália) e em Freetown (Africa do Sul), com destino marcado para Liverpool e Avonmounth (Inglaterra).

O capitão do Memnon, John Williams, desconfiado da presença de U-boats naquela área do oceano, na tentativa de dificultar a vida a qualquer comandante de submarino, deu ordens ao seu timoneiro para navegar em ziguezague, mantendo a velocidade máxima nos 16 nós. Eram 15h46, de 11 de Março de 1941, quando o Memnon mesmo com todos estes cuidados foi atingido no lado estibordo debaixo do mastro à popa entre os porões n.º 5 e n.º 6 por um torpedo G7E lançado pelo U-106. O tempo estava claro e o mar moderado com um swell pesado, encontrando-se o navio, a cerca de 200 milhas a leste da ilha da Boavista. 

Os 62 membros da tripulação, dois artilheiros (o navio estava armado com um canhão de 4 polegadas, um outro de 12 e uma metralhadora) e seis passageiros (pessoal da RAF- Royal Air Force) abandonaram o navio em dois botes salva-vidas Os dois operadores de TSF, foram os últimos homens a deixar o navio. Após o envio de um sinal de socorro, foram apanhados pelos salva-vidas depois de terem saltado para o mar. O Memnon afundou pela popa cerca de 15 minutos depois de ter sido atingido no lado de estibordo, por um segundo torpedo G7E lançado como golpe de misericórdia, eram 15h47. 

Quatro membros da tripulação foram perdidos durante a operação de abandono do navio por afogamento. Os restantes 66 náufragos, repartidos em duas baleeiras, respetivamente 22 e 44, decidiram navegar com rumo a Dakar (Senegal). Após 6 dias a navegar com mar muito pesado, a baleeira com os 22 náufragos, chegou ao largo de Dakar, em 21 de Março, onde um pescador local os ajudou a desembarcar em Yoff (Norte do Senegal) onde todos os 22 sobreviventes foram rapidamente levados para um hospital devido ao seu estado debilitado. 

O outro barco salva-vidas a cargo do capitão chegou à costa na latitude da foz do rio Senegal, a 20 de Março. No mesmo dia um ocupante morreu de subnutrição e foi sepultado no mar. Um pescador local tentou guiá-los através da barra de areia. No entanto, como o mar provou ser muito perigoso, eles decidiram avançar para Dakar, onde chegaram à saída do porto durante a manhã de 23 de Março

Todos os sobreviventes em Dakar foram internados pelas autoridades francesas de Vichy, (regime aliado dos nazis). Após 25 dias, todos os sete sobreviventes chineses foram autorizados a atravessar a fronteira para Bathurst (Africa do Sul) juntamente com o mestre, chefe de máquinas, contramestre e um outro membro da tripulação. Apenas 14 homens em idade militar, incluindo um artilheiro e três passageiros, foram levados para um campo de internamento em Koulikoro no Sudão francês. Em 29 de Maio de 1941 todos os internados foram levados para Kaolack (Cidade a sul do Senegal) e obtiveram permissão para seguirem para Bathurst em troca de dois galões de gasolina e sete prisioneiros franceses por cada um dos britânicos.

[1836] Gote de Mané Jon vrá dôde, t'uvi funaná


quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

[1835] Pago? Não pago?

Por algum motivo que desconheço, pela segunda vez a Câmara Municipal da Praia quer que eu pague imposto de circulação automóvel. Que acham? Pago? Não Pago? Nem formatei o texto que aqui vai, mostrado tal qual chegou à caixa de correio do Pd'B.

Informamos que já se encontra disponível no Balcão Virtual da Cidade da Praia o ICA (Imposto Circulação Automóvel) referente a 2016.

Para fazer a regularização do ICA 2016:

         1. Visite o site do Balcão Virtual em www.LojaCMP.com

         2. Faça login e pesquise pela sua chapa matrícula (Ex. ST-xx-xx)

         3. Escolha o DUC e faça pagamento com o seu cartão Vinti4 ou VISA

         4. Imprima o recibo e guarde no seu automóvel (cópia do recibo também no Menu Histórico Pagamento)

Para mais informações embaixo os nossos contactos.

A equipa do Balcão Virtual da Câmara Municipal da Praia

PS: no site www.LojaCMP.com pode aceder também a outros serviços como por exemplo:

    - Imposto Único Património

    - Consulta de Processos

    - Certidão Matricial

    - Planta de localização

    - Senha de atendimento online (Balcão Fazenda)

    - Pedido Parcelamento de Divídas

    - Simuladores de custos (IUP, Terreno, Taxas Urbanísticas ...)

.........................................................................

Câmara Municipal da Praia

Contactos:

Telefone (Plateau): (+238) 5347000   

Telefone (Fazenda): (+238) 5347001  

Emaillojacmp@gmail.com   

Número de Contribuinte : 352003596

Endereço: Praça Alexandre Albuquerque - Praia - Cabo Verde

[1834] Os posts mais vistos dos últimos 30 dias

Como observamos aqui ao lado (um pouco abaixo), os três posts mais populares dos últimos trinta dias são o alusivo ao dia de São Vicente, o do Concurso n.º 39 do Praia de Bote e o conto de Adriano Miranda Lima sobre o Ano Novo. Bom gosto dos nossos visitantes, verdade se diga.

Para breve, mais um relato de afundamento nas águas de Cabo Verde durante a II GG.


[1833] Novo livro de Arsénio de Pina

Praia de Bote já recebeu o book, autografado e tudo. Entre textos conhecidos e outros para nós inéditos, numa primeira leitura ficou-nos a ideia de uma obra que fixa com brilhantismo e clareza um tempo de Cabo Verde que sem esta observação arguta e não interesseira (mas muito interessada) o País não teria tido comparável olho vivo. Anunciado no Praia de Bote no post 1825, "Escutai as vozes do bom senso" tem nesse local uma mais que interessante crítica de Luiz Silva que agora puxamos para primeira página.

Estamos perante um livro que aborda os problemas de Cabo Verde, visitando as áreas da economia, da cultura, da emigração e regionalização, fornecendo novas pistas para uma solução dos problemas de Cabo Verde. "Escutai as vozes do bom senso", antes de que seja tarde e custoso para os cabo-verdianos, vivendo dentro e fora de Cabo Verde. É um dever ler este livro que convida ao sacrificio por Cabo Verde de todos os cabo-verdianos que amam e se dignificam em afirmar a sua cabo-verdianidade. Sem rodeios, mas firme e de peito aberto, pode ter dito coisas que não agradam a muita gente e em especial aos políticos. Mas o dever do escritor, do homem livre é de se comprometer antes de tudo com a sua pátria, com a Nação, sejam quais forem os sacrificios. Estamos assim face a um cabo-verdiano de primeira água, livre e que esteve em todos os combates por Cabo Verde, sempre digno e altivo. A Regionalizaçao, hoje, constitui mais um combate por Cabo Verde, mais justo, mais democrático, onde todos têm direito ao pão e à liberdade.
Luiz Silva

O lançamento do novo livro de Arsénio Fermino de Pina em Lisboa terá lugar a 30 de Janeiro, na Associação dos Antigos Alunos do Ensino Secundário de Cabo Verde, Carnide (junto à saída do metro e à esquadra da PSP), pelas 16h00.

[1832] O regresso do Praia de Bote, anunciado pelo gote de Mané Jon


sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

[1831] O "Carvalho" em Boca de Pistola, Santo Antão

Antes de voltarmos ao nosso retiro, mostramos uma peça muito interessante: trata-se de um quadro de autoria ainda desconhecida mas que revelaremos em breve e que o nosso novo colaborador Manuel Amante da Rosa ofereceu a pessoa amiga. Praia de Bote, que fez hoje uma tirada de "Dia de Soncente", para agora MESMO, por uns dias. Nem que caia o céu...

Schooner "Carvalho" leaving Boca de Pistola Harbour, Santo Antão, circa 1960

[1830] "Sabrina", uma memória de Manuel Amante da Rosa

O "Sabrina", já como "Ana"
Acreditem mesmo que há navios que se recusam a morrer, mesmo no estertor da vida. "Sabrina" foi um deles. Talvez o único em Cabo Verde. Era uma velha ronceira das travessias Praia/Maio, em qualquer tempo de mar. A amiga certa das horas incertas da ilha amiga. Aguentava tranquila e altiva o embalo das ondas alterosas, ainda que fosse pequena, rasteira, vagarosa e de fundo chato. Uma noite de forte calema na baía do Porto da Praia fê-la desgarrar-se do seu fundeadouro e dar de proa à costa na Praia Negra. Considerada irremediavelmente perdida ficou por lá alguns anos. Isolada, triste, mas sempre na expectativa de que pudesse retornar ao mar e de novo de porão cheio e alegres passageiros, ser acompanhada pelos golfinhos até ao Porto Inglês. Imóvel, fora do seu ambiente natural, mas dando sempre mostras de fadigada mal as ondas lhe lambiam o casco.  

Numa noite adentro, usando da sua presteza inabalável, ningém sabe como, reflutuou, deslizou de ré ainda trôpega da sua cama de pedra até ao meio da baía com o seu antigo “capton” ao leme. Aquele, o esguio, tranquilo Homem de mar, que lidava com ela como uma amante, lhe roçava  de amor a mão pelos costados mal pisasse o seu corpo. Rejubilando de boémia, deslizou sem pressa num doce balouçar pela baía evitando o cais, o djéu, escolhos vários e despedindo-se graciosa, bem de perto, de outras antigas companheiras ali fundeadas. 

Há quem jure ter visto nessa noite, em que ela ressuscitou, uma figura na desbotada casa do leme fazendo a “Sabrina” bailar em jeito de despedida e encostando-a depois de mansinho, bem de mansinho, no areal da Gamboa, virada para o Pico d´Antónia, do outro lado da baía. Mas diz-se tanta coisa na Praia de Santa Maria…

Manuel Amante da Rosa
Roma,16/09/2015

Segundo este novo colaborador do Praia de Bote, "o 'Sabrina' era mais embarcação a motor do que propriamente um navio. "Conseguia carregar uns 40 ou 45 passageiros. Estaria a traficar algo e foi apanhado. mas porque avariou. Poderei em breve saber toda a história."

[1829] Na dia de Soncente... Titina ta cantá "S. Vicente Querida"


[1828] Na dia de Soncente... Cesária Évora ta cantá "São Vicente di Longe"

[1827] Na dia d'Soncente... Soncente!!!

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

[1826] Dia de São Vicente, 22 de Janeiro. Ainda a 21 mas a uma hora de 22, aqui vai o contributo do Pd'B para uma das mais simpáticas festas da nossa ilha

Imagem na Igreja de N.ª Sr.ª da Luz, Mindelo
Exactos 554 anos se passaram sobre a descoberta desse pedaço de terra plantado no Atlântico chamado São Vicente, por ser dia do santo do mesmo nome. E se Nossa Senhora da Luz é a figura religiosa que mais adeptos tem na nossa ilha e se São João é príncipe em época de folguedos na Rubera d'Julion, São Vicente é também santo de grande devoção, nomeadamente entre pescadores e outra gente do mar da ilha do Monte Cara. Hoje é o dia dele e por isso o Praia de Bote aqui deixa a singela homenagem ao santo (biografia e republicação de conto divulgado no post 194, em 29.06.2012 ) que no templo da Pracinha d'Igreja, lá bem alto no lado da Epístola zela pela terra do Monte Cara. Ali, como em Lisboa, cidade irmã e amiga, onde vivem e trabalham tantos naturais da terra vicentina.


São Vicente (texto adaptado da Wikipedia)

Nascimento: século III d.C. em Huesca, Hispânia Tarraconense (Huesca, Aragão, Espanha)
Morte: ca. 304 em Valentia, Hispânia Tarraconense (Valência, Espanha)

Veneração por Igreja Católica; Comunhão Anglicana; Igreja Ortodoxa

Festa litúrgica: 22 de Janeiro na Igreja Católica; 11 de Novembro na Igreja Ortodoxa

Roupas episcopais ou pontifícias; cachos de uva; instrumentos do martírio; palma do martírio
Padroeiro São Vicente, Lisboa; Valência; Vicenza, Itália; São Vicente de Cabo Verde (com palma e um barco); também dos fabricantes de vinagre e vinicultores

Pintura de André Reinoso (séc. XVII), catedral de Lamego, Portugal
Vicente foi um mártir do início do século IV que sofreu o martírio em Valência. Entre as muitas localidades e igrejas de que é orago, contam-se a Diocese do Algarve e o Patriarcado de Lisboa, em cuja Sé se encontram algumas das suas relíquias.

Vida e obras:
Na época do imperador romano Diocleciano, o delegado imperial Daciano moveu na Ibéria uma perseguição aos cristãos. Vicente recusou oferecer sacrifícios aos deuses e foi cruelmente martirizado até à morte, que terá ocorrido em 304.

Em Portugal é representado de modos diversos: com palma e evangeliário ou, mais habitualmente, com uma barca e um corvo, porque, de acordo com a tradição, quando, em 1173, o rei Afonso Henriques ordenou que as relíquias do santo fossem trazidas do Cabo de São Vicente (o então «Promontorium Sacrum»), junto a Sagres, para a cidade de Lisboa, duas daquelas aves velaram o corpo do santo que seguia a bordo da barca – facto a que ainda hoje aludem as armas de Lisboa e de muitas outras povoações portuguesas.

Em França, S. Vicente é padroeiro dos vinhateiros e profissões afins, e porta como insígnias um cacho de uvas, para além da palma do martírio.

A verdadeira, celestial-terrena e até agora desconhecida história do nascimento do Colá Sanjom, na Ribeira de Julião

Joaquim Saial

Como todos sabemos, depois de ter criado o Mundo, Deus sacudiu as mãos da terra que elas ainda continham, atirando-a para um sítio no Atlântico, mais ou menos entre as latitudes 14 e 17 Norte e longitudes 22 e 25 Oeste, perto do continente africano - o que deu dez ilhas, alguns ilhéus e mais umas quantas rochas anónimas. Tratava-se de Cabo Verde. Depois, Deus lavou as mãos nas águas do oceano e esqueceu-se do arquipélago que inadvertidamente tinha criado. Ainda por cima, nem gente lá pôs.

Coube essa tarefa a uns rapazes que da cara da Europa saíram nos alvores do século XV para o Mundo, em busca de comércio, aventura e terras para expandirem o pequeno rectângulo onde viviam. Claro que, a partir daí, os ditos cujos fizeram algumas tropelias. Mas também se portaram com categoria, noutras ocasiões. E numa dessas, em que estavam bem dispostos, após terem chegado às ditas ilhas, criaram o Homem e a Mulher cabo-verdianos, simpáticos seres como não há outros iguais à face da terra... excepto os portugueses, claro está, e talvez os brasileiros! Simpáticos, os ilhéus, porquê? Porque para além dos genes e cromossomas que muitos deles traziam de África, de onde emigraram forçadamente, herdaram dos mondrongue os de árabes, visigodos, celtas, romanos, lusitanos e sabe-se lá mais de quem que os portugas de há muito transportavam no sangue... Concluindo, tudo boa gente! Nem mais!...

Passou o tempo e os portugueses também se foram esquecendo de algumas das ilhas, sobretudo da de S. Vicente, talvez por esta ser uma das mais carecas de vegetação. Até que, para contrariar a incomodativa pirataria que nela de vez em quando se alojava, os lusos acordaram e resolveram povoá-la, quase no final do século XVIII. Segundo rezam as crónicas, vinte casais e cinquenta escravos foguenses, chefiados pelo capitão-mor João Carlos da Fonseca Rosado, natural de Tavira, criaram a pequena aldeia de Nossa Senhora da Luz à qual, o futuro governador Pusich se lembrou de dar em 1819 o estapafúrdio nome de Leopoldina... Graxa, dizemos nós, graxa queria ele dar à família real, pois Leopoldina era a austríaca esposa do príncipe Pedro, então em forçado (e dourado) exílio brasileiro, futuro imperador do Brasil e Rei Pedro IV de Portugal (neste caso, apenas por uma semana)...

Mindelo foi o nome definitivo, liberal e chamativo, que no crioulo da ilha acabou por perder o finalizante "o", ficando ainda mais falável. E a ilha e a cidade foram crescendo, sob a égide de S. Vicente, o santo marítimo do dia do achamento e padroeiro de Lisboa que emigrou para Cabo Verde ao mesmo tempo que os descobridores aproaram ao território. Mas faltava qualquer coisa. Sentia-se uma necessidade de folia que ainda não tinha o Carnaval para ser saciada. Que se poderia fazer, que se poderia arranjar, para a suprir? Foi então que entrou em cena o santo onomástico. Que diabo, afinal era ele o defensor maior da ilha, aquele a quem, em caso de necessidade de qualquer ordem - embora sempre sob a égide de Nossenhora da Luz - competia interceder pelos mindelenses, sobretudo os que se aventuravam no Mar de Canal ou lá longe nos States, na pesca da baleia. Ora o santo, aproveitando um dia em que Deus e S. João estavam a conversar, sentados numa nuvem do quadrante 46898/3 do céu, resolveu falar-lhes no assunto. E foi este, exactamente, sem tirar nem pôr, o teor da conversa tripartida que aqui relatamos:

Disse S. Vicente, ao chegar junto a eles:

- Meu Deus, S. João, bons olhos vos vejam, há que tempos não nos encontrávamos.

- É verdade, Vicente, há muito que não nos vemos. Senta-te aqui nesta confortável ponta da nuvem e diz-me: que tal a tua ilha? Como vai aquele pessoal? - perguntou Deus, mostrando-se interessado.

- Triste, Senhor. Aquilo é muito boa gente, do melhor que há na Terra por Vós criada, mas falta-lhes qualquer coisa, algo que os divirta e lhes dê energias para prosseguirem o dia-a-dia com outro vigor. Eles bem trabalham, coitados, mourejam, tiram das rochas escalavradas e do mar o sustento mas andam sempre abatidos, sem nenhum ligria. Senhor, morabeza ca ta tchegá pa ser feliz (cabe dizer que S. Vicente já arranhava o crioulo...).

- E que achas que se pode fazer? - perguntou João, o santo pastor.

- Sei lá, talvez inventar-se uma festa. Um farra, um fistinha anual, qualquer cosa divertide, pa tude munde fcá filiz, c'um missa, dança, coladera, funaná, pastilim de midge c’pêxe, sucrinha, um grogue… Talvez, tude djunte.

Deus cofiou as longas barbas, pensou, pensou e repensou, e ao fim de mais de meia hora resolveu responder:

- Uma festa religiosa, adoçada com coisas do mundo, queres tu dizer?

- Sim, meu Deus, por exemplo no meu dia – avançou São Vicente, pensando dar mais cor ao seu 22 de Janeiro.

Mas João, sábio e expedito (e um pouco molestado, diga-se), retorquiu logo:

- Meu Deus, acho que aqui o Vicente quer açambarcar tudo. Desde 22 de Janeiro de 1462 que a ilha, mesmo sem gente, comemora o seu dia – que foi o da descoberta. Já lhe chega, acho eu. Bem podia ser no meu, que no Mindelo ainda não tem grande significado. Mas Tu, na Tua imensa sabedoria é que tens a última palavra.

Deus coçou a cabeleira, afagou o bem delineado nariz, olhou para ambos – para o expectante João e para o não menos ansioso Vicente –, espreitou durante uns minutos por um vasto buraco que havia na nuvem e depois de matutar mais alguns uns minutos, disse:

- Tens razão, João, tens imensa razão, como sempre, meu bom amigo. O Vicente já é amado em toda a ilha, até possui uma bonita imagem na igreja de Nossenhora da Luz, de barquinho na mão e tudo, e a ti ninguém te liga, ao contrário do que acontece na terra do dragão, no norte do país dos descobridores, onde até martelinhos em seu nome inventaram e têm um São Jorge Qualquer Coisa da Costa, de carne e osso, para competir contigo. E virando-se para São Vicente, acrescentou: - Bitchenta, tu és bom rapaz, já se sabe, mas agora é a vez do Djon. Estive a observar aquilo lá em baixo e perto do Mindelo está um terreno mesmo adequado para um arraial anual a 24 de Junho: acho que lhe chamam Rbera d’Julion ou coisa parecida, até ali cresce milho quando é época de azágua. Bom sítio para a festa, acho eu, com espaço para as barracas de comes e bebes e para o bailarico. Assim, o Mindelo fica com festa religiosa vicentina, no início do ano, e joanina mista, a meio. Isto, para não falar das restantes como a de Nossenhora da Luz. Contenta-se a santidade toda. Que tal? Que dizes? Achas bem?

São Vicente, que de facto era compreensivo, embora tenha ficado algo triste por perder uma festa que desde logo se afigurava bem divertida, acabou por cedê-la ao companheiro. E logo regressou ao arquipélago, numa longa jornada, desde lá acima até cá abaixo, incorporando de novo a imagem que ainda hoje vemos na igreja matriz do Mindelo, do lado direito ou da Epístola. De modo que foi dali que durante alguns meses inculcou nos fiéis, sem que eles disso se apercebessem, essa ideia que obviamente frutificou e no sítio pretendido, a Rbera. Claro que houve uns quantos exageros picantes na liturgia mundana da festa, como aquel stóra d'“colá Sanjon”, que agora já é impossível remediar, de tão arreigada que está no coração do povo: está feito, está feito. Deus não se tem mostrado preocupado com isso, Sanjon ainda menos e Sanbitchenta, esse continua todos anos à espera do 22 de Janeiro para comemorar com brilhantismo o seu dia e depois sair a correr da igreja da pracinha a caminho do aeroporto Cesária Évora, para apanhar o avião que o levará a Lisboa onde continua a festa, na Sé, à vista do Tejo que faz estrada com o Atlântico e o Porto Grande. E, quando no Verão tem tempo, ainda dá um saltinho ao lisboeta bairro do Alto da Cova da Moura, para ver o amigo Djon que ali também tem poiso certo a 23 de Julho, com homens dançando dentro de barquinhos embandeirados e apitos a soar e tudo…

E aindaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!... para completar a festa, um muzquinha sabe: Sérgio Godinho e Tito Paris, no disco de SG "O Irmão do Meio", de 2003. Ouvir "Chuvas de Cabo Verde", AQUI



[1825] Novo livro de Arsénio de Pina

Excepção no nosso retiro, para a divulgação do lançamento do novo livro de Arsénio de Pina, a 30 de Janeiro, na Associação dos Antigos Alunos do Ensino Secundário de Cabo Verde, Carnide, Lisboa (junto à saída do metro de Carnide e à esquadra da PSP). O convite não indica a hora mas deve ser a habitual da casa para estas coisas, 16h00.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

[1824] Paragem temporária do Pd'B para desenvolvimento de outros trabalhos


Hoje, a meio da tarde, enquanto o administrador do Pd'B se debruçava sobre o seu ingente trabalho, soube que os jornais, rádios e televisões de Cabo Verde estão a noticiar continuamente a aparição de várias sereias no território nacional. Com fotografias de uma no djéu e duas no mar de São Vicente. Espectacular, é o mínimo que pode dizer-se...

POST PATROCINADO PELO BUREAU DO TURISMO MARÍTIMO E ANIMAL DAS ILHAS DE MORABEZA E PELA RNGA (REVISTA NACIONAL DA GEOGRAFIA ARQUIPELÁGICA)




Em baixo, mais uma, junto à Praia de Bote, surgida durante a tarde de hoje


Também em baixo, a mais recente aparição, nas imediações da Lajinha


Ainda em baixo, sereia encontrada na banheira de conhecido colaborador do Praia de Bote, residente no Monte Sossego


[1823] O Carnaval do Mindelo ainda vem longe mas os mandingas já chegaram... Sempre ao domingo, até ao enterro do Carnaval. Fotos Zeca Soares, 17 de Janeiro




terça-feira, 19 de janeiro de 2016

[1822] Bronca das fortes nas obras do antigo campo de concentração do Tarrafal, museu

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Foto Wikipedia - Domínio Público

[1821] Cabo-verdianos, gente criativa

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[1820] António Costa já está em Cabo Verde

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[1819] Mané Jon sem sê góte mas c'dôs amigue

A morna de Sérgio Frusoni foi celebrizada por Bana e aqui está em baixo a letra completa da mesma. No entanto, não é ela que nos interessa desta vez, mas a expressão "góte de Mané Jom" no 4.º verso da 6.ª estrofe. Manuel João e o seu gato fazem parte da mitologia cabo-verdiana que a ambos se refere lembrando os bons (ou razoáveis) tempos do Mindelo em que havia fartura de dinheiro a correr, devido à frequente entrada de "vapor(es) na baía".

Demos com um postal onde o nosso homem surge, acompanhado de mais duas figuras típicas do Mindelo, Maria Guidinha e Paquete, não tão celebrizados como o companheiro. Mané Jon aparenta ter um problema no olho direito e talvez por isso não acerta no copo que Paquete lhe estende. Enfim, figuras típicas de um Mindelo que já cabá. Mas... e que é feito do gote que tava ta ingordá na gemáda? Cheira-nos que na hora da foto andava pelos botequins da Praia de Bote a ver se lhe davam um ovito...


TEMPE DE CANIQUINHA (versão que podemos ver no "Esquina do Tempo", AQUI)

Sanvecente um tempe era sabe
Sanvecente um tempe era ôte côsa
Cónde sês modjêr ta usába
Um lenço e um xales cor de rósa
Um blusa e um conta de coral

Cónde na sês bói nacional
Tá mornód tê manchê
Cónde sem confiança nem abuse
Tá servid quel cafê
Ma quel ratchinha de cúscús.

Cónde pa nôs Senhóra da Luz
Tinha um grande procisson
Cónde ta colóde Santa Cruz
Ta colóde pa San Jon
Lá na rebêra de Julion

Cónde ta cutchide na pilon
Tá cantá na porfia
Cónde ta tchuveba e na porte
Ta vivide que mas sôrte
E que mais aligria.

Povo ca ta andá moda agora
Na mei de miséria tcheu de fome
Ta embarcá ta bá  ‘mbóra
Sem um papel, sem um nome,
Moda um lingada de carvon.

Era colheita na tchôn
Era vapôr na bahia,
Oh Sanvecente daquês dia
Atê góte de Manê Jon
Tá ingordá na gemáda.

Lá pa quês rua de moráda
Era um data de strangêr
Era um vida folgáda
Ciçarône vida airáda
Ta nadába na dnhêr.

De nôte sentód na pracinha
M' ta partí gônhe assim…
Pa mim pa bô, pa mim,
Pa mim pa bô, pa mim
Era tempe de caniquinha…

[1818] Presidente Jorge Carlos Fonseca dá entrevista ao "Diário de Notícias" de Lisboa, no dia em que António Costa inicia visita a Cabo Verde

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segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

[1817] "Bota" ou "Bote"? (ver post anterior)

Parece que a coisa leva caminho e a balança pende para o Bote e não para a Bota... com razão, aliás, pelo menos se pegarmos o assunto pelo lado da lógica. "Bota" deve ser corruptela crioula de "Bote", pois não consta que a zona tenha sido marcada pelo fabrico de calçado. Pelo contrário, sabe-se que foi sítio de feitura de botes. E mais: acho que a edição do postal ilustrado da versão "Bota" terá contribuído para o perpetuar do engano, pois é a mais antiga representação do nome que conheço, de cerca de 1900, mais coisa, menos coisa.

Há a versão "Bota" em livros recentes, mas esta deve ter bebido no postalinho ou no crioulo em que o "Bota" está mais arreigado. Acontece muito perpetuar-se uma designação errónea, por motivos tão simples como esse. É que um postal ilustrado nessa época não era coisa de somenos para ser génese de um caso destes. Ver tanto "Bote" como "Bota", daria decerto ao falante crioulo maior gosto em optar pela segunda. Mas isto é um leigo da linguística a falar, baseado apenas em suposições. Seja como for, aqui ficam cinco versões de Ribeira BOTE. Também as há de Ribeira Bota, claro, mas acreditamos mais nestas que ora colocamos e em muitas outras que vimos mas que tornariam cansativo o post para nós e para os visitantes.

Emblema do Sport Clube Ribeira Bote, vencedor da Taça de São Vicente na época de 2002-2003

Não cremos que o clube tenha uma designação errada do seu bairro no seu próprio emblema, Seria uma asneira imperdoável. BOTE, portanto.


Em 31 de Julho de 2013, Charlene Patrícia Brito da Graça, do Curso de Gestão Hoteleira e Turismo do Departamento de Ciências e Tecnologias da Universidade do Mindelo, entrega a sua monografia para obtenção do grau de licenciatura em Gestão Hoteleira e Turismo. Eis o título da mesma: "O Turismo Comunitário - Estudo de Caso: Ribeira Bote".
Também não cremos que a estudante esteja enganada. Quem estuda um "caso", sobretudo a nível universitário, fica a saber como esse "caso" se designa, com exactidão: BOTE, de novo.


O título de um filme da autoria da RTC (Televisão de Cabo Verde) de 3 de Janeiro deste ano é: "Ribeira Bote em São Vicente invadida pelo desfile dos mandingas". 
É a televsão do país, presume-se que sabe exactamente como se chama um dos bairros de São Vicente. BOTE, ainda.


Notícia do DNNB de 5.10.1959. O Vitorino era de Ribeira Bote

E a escola n.º 7 do Mindelo é na Ribeira Bote. Podemos acreditar que o nome está errado? Seria algo absurdo.

Ficamo-nos então por Ribeira Bote e pelos seus botim que deram muito peixe à ilha. Quem não gostar, que lhe chame Ribeira Bota, também é nome sabim. E agradecemos aos que no post anterior deixaram a sua colaboração (e eventualmente deixarão neste), o que é sempre de realçar.