quinta-feira, 16 de novembro de 2017

[3240] "Claridade", a mítica revista de Artes e Letras nascida em São Vicente de Cabo Verde em Março de 1936, agora em capas e índices no Pd'B: n.º 8 (ver sete posts anteriores)

N.º 8, Maio.1958
Propriedade do Grupo "Claridade"; Director: João Lopes; Editor: Joaquim Tolentino (também com a habilitação legal, sucede a Nuno Miranda) - Administração em S. Vicente de Cabo Verde; Composto e Impresso na Sociedade de Tipografia e Publicidade, Lda. - S. Vicente, Rua Brites de Almeida, n.º 12 [e já não na Rua de Santo António] [sem indicação de preço, agora com 76 páginas, o maior número até aqui]

Textos e colaborações:

- Capa: Saudade do Rio de Janeiro, de Osvaldo Alcântara [Baltasar Lopes]
- Páginas 2 a 8: Sobrados, Lojas & Funcos, Contribuição para o Estudo da Evolução Social da Ilha do Fogo, de Henrique Teixeira de Sousa
- Páginas 9 a 22: Bandeiras da Ilha do Fogo. O senhor e o Escravo Divertem-se, de Félix Monteiro
- Páginas 23 a 25: Crianças [poema dedicado a Arnaldo França], de Jorge Barbosa
- Página 26: Palavra Profundamente [poema], de Jorge Barbosa
- Páginas 27 e 28: Paz [poema], de Arnaldo França
- Páginas 28 e 29: Não me Aprisionem os Gestos [poema], de Ovídio Martins
- Página 29: Ignoto Deo [poema], de Ovídio Martins
- Página 30: Porquê? [poema], de Ovídio Martins
- Páginas 30 e 31: Herança [poema], de Aguinaldo Brito Fnseca
- Página 31: Estiagem [poema], de Aguinaldo Brito Fonseca
- Página 32: Presença do Amigo Morto. Encontraram-no morto, dependurado de uma trave, na Matiota [poema], de Aguinaldo Brito Fonseca
- Página 32: Impermeabilidade [poema], de Terêncio Anahory
- Página 33: Viagem e Depois da Chuva [poemas], de Terêncio Anahory
- Páginas 34 a 39: Romanceiro de S. Tomé [conjunto de oito poemas dedicado a Nicolau], de Osvaldo Alcântara
- Páginas 40 a 54: Noite de Vento, de António Auréllio Gonçalves
- Páginas 55 a 59: A Herança, de Virgílio Avelino Pires
- Páginas 60 a 65: Balanguinho, de Baltasar Lopes
- Página 66: Apontamento [texto anónimo sobre os poemas seguintes, de Jorge Pedro (filho de Jorge Barbosa) e Onésimo Silveira, em crioulo]
- Página 67: Djom Pó-di-Pilom [poema], de Jorge Pedro
- Páginas 68 e 69: Mudjer di Hoji [poema], de Jorge Pedro
- Página 70: Saga [poema], de Onésimo Silveira
- Páginas 71 a 73: Tradução literal das duas poesias de Jorge Pedro
- Páginas 74 e 75: Texto anónimo e sem título, com considerações sobre folclore e sua recolha
- Página 76: Texto anónimo e sem título que, pelo seu interesse, reproduzimos na íntegra:

Depois de uma longa interrupção, reaparece CLARIDADE. Quem conheça o nosso meio não estranhará que uma revista desta natureza não tenha a periodicidade e a regularidade de publicação que todos nós do grupo que a fundou desejaríamos. Quartel de poucos oficiais, e esses poucos espalhados pelos quatro cantos do mundo, com as limitações impostas pela pequenez do meio e pelas necessidades do ganho do pão de cada dia, não é com pequeno esforço que temos conseguido organizar e publicar os oito números já editados. Mas agora contamos com elementos novos, saídos do liceu, que se vêm juntar à turma da primeira hora: o ficcionista Virgílio Pires, o Terêncio Anahory, o Jorge Pedro, o Ovídio Martins, o Onésimo Silveira, o Gabriel Mariano, de quem, infelizmente não podemos inserir a colaboração neste número. De entre os pioneiros, há um ausente por razões especiais: Manuel Lopes, que há alguns anos publicou um ensaio interessante sobre o problema da cultura nos meios pequenos. É nosso propósito e nossa espeança amiudar a publicação de CLARIDADE.

NOTAS do Pd'B: 
No término da capa, a indicação (não periódica) desapareceu [nos n.ºs 1 e 2 também não existia].
Neste número, a frase VISADO PELA CENSURA surge de novo, mas em letras minúsculas [quando dizemos minúsculas queremos dizer muito pequenas, quase ilegíveis], ao contrário do que era habitual.


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