segunda-feira, 27 de novembro de 2017

[3257] 70 anos de "Chiquinho" em Almada, no próximo sábado, dia 2 (ver posts anteriores)

Hoje, fui almoçar a um restaurante aqui perto de casa. À minha esquerda, um casal de africanos atacava uma carne com batatas fritas. Falavam em português, o que me fez suspeitar que pelo menos o homem (também pela fisionomia) era angolano ou moçambicano. A senhora, pareceu-me cabo-verdiana, o que depois se veio a verificar ser verdade. 

A dado momento, o homem solicitou-me delicadamente dois guardanapos que estavam na mesa à minha direita. E depois de ter pedido abacaxi para sobremesa e de ter tido uma troca de palavras com o empregado sobre a muito melhor qualidade do fruto na sua terra (afinal, Angola), perguntou-me como se chamava em Portugal um vegetal que lá e na Madeira se designa como "pimpinela" - que em casa descobri ser o chuchu também conhecido como caiota. Não lhe soube responder e disse-lhe que de Cabo Verde percebia algo, mas de Angola pouco. Vai daí, vim a saber que a senhora não só era cabo-verdiana (como logo suspeitei) como ainda por cima era são-vicentina de Monte Sossego e que o pai trabalhara na Fábrica Favorita do Matos. 

E óbvio que a conversa derivou para assuntos da nossa ilha e escusado será dizer que o meu bacalhau com batatas e grão, na sua parte final, ficou gelado e faleceu segunda vez na travessa… Prometeram-me que estarão na sessão de dia 2 da celebração de "Chiquinho" e que muito possivelmente na de 16. E que estava convidado com a minha família para no primeiro dia jantar com eles… 

Resumindo: acho que um conversa do tipo da que tivemos (como se nos conhecêssemos de longa data) não teria acontecido com gente de outras paragens. Ou então a culpa foi minha que me apresentei logo como mnine de Soncente

5 comentários:

  1. Culpa? Mas que coisa? Fez bem. Eu, no seu lugar, faria a mesmissima coisa. Agiria como mnine d'Soncente e, ainda por cima, vizinho da senhora.
    Hà tempos apareceu numa grande sala de espectàculos de uma cidade limitrofe de onde vivo o Bonga que, a dado momento, disse que devia haver de certeza um caboverdiano na sala acrescentando "esses irmãos encontram-se por todo o lado". Por acaso so estava eu mas não quis ser um contra 500.

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    1. Tenho quase a certeza que se procurarmos bem dentro do vulcão do Fogo estará lá um português e que se sgrovetarmos nas profundezas da Boca do Inferno, em Cascais, estará lá pelo menos um cabo-verdiano. Ambos, estamos por todo o lado.

      Braça global luso-crioula,
      Djack

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  2. Como posso contactar o Djack. Podem eviar email?

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    1. Cara Maria Esteves, escreva para mindelosempre@gmail.com

      Braça,
      Djack

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  3. Momentos destes são gratificantes, Djack, e acontecem quando o coração cintila independentemente da geografia ou da cor da pele.

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