domingo, 28 de janeiro de 2018

[3461] Anúncio e tónico especialmente dedicados ao nosso inconsolável colaborador (e concorrente) Adri, para lhe levantar o ânimo

Pois, ele diz que lá em casa já há alguém farto de tanto ramo de acácia e que mais isto e que mais aquilo, blá, blá, blá, conversa fiada... Realmente, durante uns tempos de sucessivas vitórias nos nossos concursos, ele foram ramos de acácia no roupeiro, ele foram ramos de acácia na despensa, ele foram ramos de acácia debaixo da cama e nas varandas, uma chatice total e completa.

Mas o que o Adri não conta é que este inverno tem sido péssimo de frios em Tomar e ele já gastou mais de metade do stock de ramos de acácia ganhos nos concursos do Pd'B a alimentar a lareira, para poupar electricidade que está cara como um raio. Sim, e a família contente, porque há economia e o calor que as acácias dão é muito superior ao proveniente da central alimentada pela barragem do Castelo de Bode. Agora está a ser espicaçado pela cara-metade para continuar a concorrer aos prélios do Pd'B e já foi admoestado porque falhou a primeira volta da nova série, ganha com grande talento pela Carmo. Ameaças de rolo da massa na carola e ele, coitado, a pedir no 15 um capacete dos tempos da guerra colonial para se proteger...

Sim, parece que a sorte ádrica está a empalidecer a olhos vistos, com o advento da sua brilhante e carnavalesca opositora, estas coisas não duram sempre, quem atinge o topo cai mais depressa e por aí fora de lugares comuns nestes casos. Veremos o que o futuro reserva a cada um. Entretanto, o Pd'B já encomendou duas dezenas de ramos de acácia directamente ao Djosa de nha Bia que os vai colher para nós (hum!..., ilegalmente) na Ribeira de Julião. Claro que os portes de correio são uma fortuna, o material vem em contentores em aviões TAP e TACV, mas o Pd'B não olha a despesas quando se trata dos seus concursos, de tal forma famosos que já são imitados em blogues mindelenses de Rua de Craca e Coco, e em Salamansa, Pedra de Lume e New Bedford, também com grande sucesso...  

E enquanto não há novo concurso, para o pobre templário não ficar com uma depressão, aqui lhe enviamos um tónico que o Djosa de nha Bia nos remeteu, adquirido na Casa Luso-Africana. Em São Vicente continua a haver de tudo, aquilo é uma cidade magnífica, até toffees e chocolates Cadbury, fora corned beef e outras iguarias lá se encontram, Lisboa ao pé daquilo é uma aldeia do interior, já para não falar de Nova Iorque, um lugarejo. É oferta do Pd'B a tão valoroso comentador e concorrente militante. Nós somos assim, para os amigos, uns completas mãos largas...

E, por fim, aquela palavra de conforto que se impõe, dirigida ao mnine de Soncente em queda: Ó Adri, ca bô desasperá, azar ca ta durá semp, Malta é medjor pa bô saúde, dchá grog, please!

10 comentários:

  1. Mas factos são factos: Adriano é campeão! Ninguém lhe poderá retirar o título. Até agora goza fama, proveito e muito merecimento. Eu tenho é "dor de cotovelo," confesso, de não ter conseguido metade sequer dos ramos de acácia que ele arrebatou nos concursos do então inspirado PDB. Por isso: Força Campeão!

    P. S. Embora com algum atraso, aqui vai as felicitações à Carmo, pelo prémio bem conseguido.
    Abraços

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Sim, ainda é campeão, mas temos de convir que está em declínio acentuado. Contudo, estou confiante na energia que o Malta importado pela Casa Luso-Africana lhe irá devolver. Veremos!...

      Braça com Malta... de malte,
      Djack

      Eliminar
  2. Corrigindo:Aqui vão as felicitações...

    ResponderEliminar
  3. Avé !!!

    Estou a ver que terei de ir dar o meu apoio ao Adri para que não desapareça do nosso micro cosmo onde ele é, entre nós, como o imperador.
    Praia de Bote invoca tempos idos com Cadbury. Esse é o meu e recordo com imensa saudade (também) da brilhantina Yardley, dos tofees, das pirinhas (pretas com bolinhas brancas) e das bolachinhas fininhas que comprávamos na casa Ramiro Raul de Caires C°, representada pelo sr. Pedro Ribeiro, duas vezes compadre do meu Pai. Já a Malta Heyneken só depois apareceu e, segundo me consta, com certo sucesso.
    Quanto aos Concursos tenho pena em não conseguir gande coisa por "decalage du temps". Com efeito o Administrador do PdB está mais próximo do homónimo do Imperador romano que, esse sim; o novo Adriano é o cata-espinheira ou cata-acácia e, para o afugentar, hà que criar um "Prémio fedagoza" (mafe margoze)
    Sendo hoje domingo ele deve estar junto do televisor a ver as proezas do Benfica. Vamos aguardà-lo.
    Paciência até ele aparecer.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Bem, estou convencido que depois de duas ou três garrafinhas de Malta, da Casa Luso-Africana, o Adri estará melhor equipado para novo concurso. Quanto ao "Prémio Fedagoza", vamos pensar no assunto, mas estou mais virado para um "Prémio Monftchóde"...

      Braça ta mascá,
      Djack

      Eliminar
  4. Djack, Ondina, Val, estou a ver que a boa disposição reina nestas areias da Praia, em que nos estendemos a fazer companhia aos botes em seu manso repouso.
    Para já, digo que não fiquei com “manha” por a Carmo ter amealhado o raminho de acácia. Ela bem mereceu. E o nosso Zico mereceu também ser relembrado, se bem que não precisamos de qualquer registo gráfico para o recordar e homenagear sempre.
    Mas, Djack, tenho de fazer-te uma correcção sobre essa coisa de capacete de guerra colonial. Este material deixou de se usar naquela guerra pouco tempo depois de ela ter começado em Angola. Chegaram à conclusão de que a probabilidade de se morrer com um tiro na cabeça era tão pequena que não justificava o incómodo e o desconforto de andar com aquele material enfiado na mona. Conheci o oficial, então capitão e comandante de uma companhia no norte de Angola, que deu o grito de Ipiranga. Mandou pôr de lado o capacete. A moda pegou e ninguém mais passou a usar o dito cujo. Tanto em Angola como em Moçambique, tive esse material, mas arrumadinho nas arrecadações de material. Eu só viria a usá-lo depois da guerra colonial e já na metrópole nos exercícios convencionais, em Portugal como no estrangeiro no âmbito da NATO.
    Quanto a esta cerveja, não me lembro dela e muito menos de a ter bebido. Não sou grande apreciador de cerveja, mas nos meus tempos de rapazinho em Soncent devo ter bebido uma ou outra para dar “stil” naquela esplanada que se construiu na Praça Nove e que viria a ser demolida para dar lugar a um urinol. Imaginem o despautério! Mas julgo que uma ou outra cervejinha que bebi era da marca Sagres, embora deva ter bebido de uma marca estrangeira qualquer mas de que não me lembro agora.
    Grogue propriamente, só comecei a degustar depois de ter saído de Cabo Verde. E nesta altura do campeonato não troco um bom grogue por nada. De vez em quando recebo de Cabo Verde uma garrafinha, que por acaso dá para muitos meses. Sim, porque não é de enfiada que o tomo, mas devagarinho e aos poucos para poder sentir o cheiro daqueles canaviais, relembrar o falar das gentes de S. Antão, e, enfim, matar as saudades da minha avó materna e do meu avô paterno, que eram naturais daquela esplendorosa ilha das montanhas. Neste momento não tenho nenhum grogue em casa e ando à espera que algum cristão arranje um portador para me enviar uma garrafinha. Dará para muitos meses, mas com saborosa e profunda degustação, nos dias de aniversário, em certos dias de festa e quando o Benfica faz grandes exibições.
    Já agora, como falaste no Djosa de nha Bia, ouvi dizer que o gajo vai ser rei de um dos grupos este ano. Mas para isso puseram-no de quarentena e desde há 5 meses que não sente sequer o cheiro do grogue.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Eu sei bem dessa do capacete. Ele só surge a cobrir as cabeças dos soldados no início da guerra em Angola, com os soldados armados com espingardas antiquadas.. A seguir veio o "quico" que durou até depois do 25 de Abril.

      Quanto ao grogue, ele aqui também é racionado. Neste momento, há o resto de uma garrafa oferecida pelo Germano e outro resto de outra garrafa oferecida pelo Brito-Semedo. Esta foi aberta em público no dia da minha palestra sobre "O Galo cantou na baía", do Manuel Lopes no Fórum Municipal Romeu Correia em Almada (já que o patife do galo deu cabo de um negóce de contrabonde de grog) e o público deliciou-se com ele. Claro que havia "medrosos" que não beberam, mas o nosso amigo Manuel Paris deliciou-se com dois, um oferecido por mim, em segunda dose. Acho que foi ele o herói do dia, nesse aspecto.

      A respeito de concursos, vai-te preparando!...

      Braça com hic! hic!,
      Djack

      Eliminar
  5. Só chego agora mas ainda a tempo de tentar redimir-me do meu ramoZito de acácia... Não quero, de maneira nenhuma, competir com o campeão Adriano!
    Deixo aqui ainda uma nota 10 ao Djack por este maravilhoso e hilariante texto!

    ResponderEliminar
  6. A MALTA HEINEKEN'S, lembra-me os tempos da minha infância/adolescência na zona da Ribeira Bote, em que um grupo de jovens adoptou esse nome à sua organização.
    Eles conceberam como mascote uma "tampa gigante" e luminoso, desta garrafa que era exibida na sala dos bailes de fim de ano. Convém referir que eram comum haver organizações informais de jovens em São Vicente nos diversos bairros da ilha funcionando com alguma disciplina e até com cotizações monetários para reforço das festas sobretudo os de fim d'ano.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Quem diria que eu iria desenterrar essas memórias.

      Braça de diazá,
      Djack

      Eliminar

Torne este blogue mais vivo: coloque o seu comentário.