domingo, 28 de janeiro de 2018

[3463] E já que de acácias hoje tanto se falou, rematemos com chave de ouro

Trata-se de um texto esquecido do nosso sempre altamente estimado médico, escritor e autarca Henrique Teixeira de Sousa, saído em "O Arquipélago" de 28 de Dezembro de 1967.

Digam lá, se forem capazes, que o Pd'B não se encontra tudo de Cabo Verde!... Até um texto lindo como este aqui temos, no nosso arquivo, cuja sede é um baú sem fundo, muito mas muito mais vasto que a famosa arca de Fernando Pessoa. Muito mais!... Leiam, interiorizem e suspirem com estas acácias em florescimento que Teixeira de Sousa nos oferece para nosso deleite.

6 comentários:

  1. Há coisas que pensamos e que guardamos temendo até que nos tratem de utópicos ou outros adjectivos que poluem o nosso ambiente como "bairristas" termo recomendado se for empregue com peso e medida mas que passou a ser um martírio para os nossos ouvidos e nossa paciência.
    Voltemos,
    Quando da independência, houve um Ministério que pensei ser ideal para uma jovem nação, embora soubesse que não caberia na cabeça de muitos neo-independentes que perguntariam se não se tratava de uma fantasia: um Ministério do Plano. Com esse departamento tudo ia sendo estudado de forma a não haver inflacções ou carências futuras para o desenvolvimento da Nação. Evitar-se-ia, p.e. excesso de advogados e penúria de agrónomos;programas nacionais e excesso de...de criações particulares; e assim por diante.
    Eu via o Dr. Teixeira de Sousa ou Dr. Baltazar planeando e/ou, preconizar estruturas sem quererem impor autoridade.

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  2. Aqui está um texto de T. de Sousa que é um hino à primavera, à mãe terra ou, como ele próprio diz: "a aleluia duma primavera" Li-o já se passaram muitos anos, mas é sempre refrescante relê-lo.
    A propósito, a minha árvore preferida é a amendoeira em flor. Descobri-a no Algarve, quando lá ia passar as férias escolares e apaixonei-me por ela. Belíssima quando florida. E vocês malta, (permitam-me e relevem-me esta linguagem tão coloquial!) qual é a vossa árvore predilecta?
    É também uma questão aqui posta pelos dois escritores médicos, Namora e T. de Sousa.
    Abraços

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    1. Nada como a sombra de um pinheiro (ou de um plátano), nada como o cheiro de um eucalipto (no entanto, árvore problemática para nós).

      Braça arbóreo,
      Djack

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  3. Eu nunca tinha lido este texto e em boa hora me deliciei com a sua leitura, neste dia em que começa uma nova semana. Realmente, e como bem diz a Ondina, é um "hino à primavera, à mãe terra ou, como ele próprio diz: 'a aleluia duma primavera'". Acrescentaria também que é um hino à arte literária.
    Tenho pena de haver palavras na margem inferior que estão cortadas. É que vou digitar o texto para o enviar para o jornal Templário, cá do burgo, para o publicarem no dia da celebração da Primavera deste ano. A Primavera renasce todos os anos e os artistas, esses, nunca morrem. Bem-haja, Dr. Teixeira de Sousa!
    Ondina, tenho dificuldade em dizer qual é a minha árvore preferida. Em Cabo Verde, habituei-me à presença das nossas acácias e também daquelas que se chamavam "espinheiras", que não sei se não seriam também uma espécie de acácia. Depois, andei fora e conheci em África (continental) e em Portugal árvores das mais diversas espécies. Destas, de Portugal, tinha particular afeição ao castanheiro e ao pinheiro manso, este por causa das suas copas largas e redondas que davam muito jeito como chapéu de sol, em muitos exercícios militares em que tomei parte no Alentejo, durante o Verão, com o calor abrasador que se faz sentir por lá nessa estação do ano. Mas quando regressei a Cabo Verde, em 2002, revi as minhas acácias e "espinheiras" e concluí que o primeiro amor é o que fica para sempre. Pelas mesmas razões que o nosso Teixeira de Sousa esmiúça magistralmente no seu texto.
    Obrigado, Djack!

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    1. O que se vê na parte inferior, nada tem a ver com este texto.

      Braça,
      Djack

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    2. Um filho de Soncente começa a namorar a acàcia. Depois aprendi a admirar as estações do ano e as maravilhas da Primavera e do Outono. Todavia lembrar-me-ei sempre das jacarandas da ilha de Madagascar.

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