segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

[3548] Ele também teve a sua "hora di bai". O sentido adeus às ilhas, do então brigadeiro Lopes dos Santos, amado governador de Cabo Verde

Pd'B reproduz aqui um texto de despedida, publicado em "O Arquipélago" de 7 de Fevereiro de 1974, da autoria do último governador de Cabo Verde (ainda houve outro, mas sem significado, devido às circunstâncias do 25 de Abril que o desalojaram do cargo ao fim de pouco tempo de vigência, fora os altos-comissários nomeados pelo governo da altura). Reproduzimos também parte de um das suas cartas (do nosso arquivo) a Silva Cunha, ministro do Ultramar, em que recomenda para o substituir um colega de elevada craveira, mais uma vez interessado em servir Cabo Verde. Não foi em vão e por acaso que quando voltou às ilhas em 1995, por altura do 20.º aniversário da independência de Cabo Verde, foi recebido com todas as honras pelas autoridades nacionais. Repare-se na subtileza daquela sua última frase: "como parcelas cada vez mais ciosas da sua autonomia".  Ele sabia, ele sabia... Ver também AQUI



3 comentários:

  1. Fiquei de alma cheia ao ler a carta de despedida do brigadeiro Lopes dos Santos. O antigo governador foi sincero na expressão do seu sentimento na hora di bai. Já mais de uma vez manifestei aqui a minha opinião de que esses militares antigos governadores encaravam as funções do seu cargo com um inigualável espírito de missão. Faziam o máximo que podiam.

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  2. Gostei muito deste governador. Era muito querido. Fez muitas obras em SV e impulsionou muitos investimentos. Apesar de residir na Praia não era centralista nem fundamentalista O Banco de Fomento foi o motor de um surto de desenvovimento que começou nos finais dos anos 60 e que talvez agora será retomado quase 50 anos depois, depois da grande estagnação que sofremos. A prova é a Avenida da Holanda o exemplo do boom imobiliário dos anos 70. O projecto estagnou com a independência, como tudo na ilha, já que as forças vivas de então puseram a caminho. Tivesse começado duas décadas anteriores os galos que cantaram na Baía seriam outros.

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  3. Este foi dos que deixaram saudades e que nunca serão esquecidos pelos que reconhecem o trabalho dos bons e dos Amigos da nossa terra.

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